Comemoração dos 25 anos – 28 de Junho 1998
DISCURSO PROFERIDO POR JOSÉ LOPES MOREIRA
“Começo por saudar e cumprimentar o Exmo. Sr. Reverendo Padre Luciano, Pároco de Rio de Moinhos, Exmo. Sr. Presidente da junta de freguesia de Rio de Moinhos, Exmo. Sr. Presidente da AIPAN, Exmo. Sr. Presidente da ACIP, Exmo. Sr. Presidente do Rotary Club de Penafiel, Exmo. Sr. Presidente da Associação para o Desenvolvimento de Rio de Moinhos, Representantes das colectividades de Rio de Moinhos (Banda Musical e Cultural, Sport Club, Rancho Folclórico, Grupo Coral, Grupo de Jovens, Ass. Colombófila e Comunicação Social).
Exmas. Sras. Directoras da Escola Primária e jardim de Infância de Rio de Moinhos, Convidados, caros homenageados, colaboradores desta empresa, minhas senhoras e meus senhores, a todos agradeço desde já a vossa presença.
Se me permitem, embora o tema de hoje seja o aniversário da Padaria Flor do Tâmega, gostaria de recuar 50 anos e falar um pouco dos Sócios Fundadores desta empresa. A família Lopes Moreira descende de uma família muito humilde com todas as carências dessa época, mas honesta e trabalhadora. Já os nossos pais, principalmente o Pai, tinha vocação para o negocio, tinha a profissão de serrador, mas mais tarde dedicou-se ao comercio de ovos e por ultimo á compra de madeiras. Foi no comercio de ovos que os nossos pais nos incentivaram a arte de comercializar. Somos 7 irmãos, seis rapazes e uma rapariga, esta a mais velha, que nos habituamos, desde muito cedo, a vê-la como nossa mãe mais moderna.
Aos onze anos, tendo acabado de fazer a 4ª classe, tive a oportunidade de ir trabalhar para uma padaria no Porto.
Meus amigos, foi com muito sacrifício, pois as saudades eram muitas, mas não hesitei, embora criança apercebi-me desde muito cedo, que aqui, pouco mais aprenderia. Com o decorrer do tempo e à medida que os meus irmãos faziam a 4ªclasse, fui levando-os para lá, pois com a experiência que já possuía bem sabia que aqui não teriam grande futuro. Aí crescemos e nos tornamos adultos, eu, passei a desempenhar o papel que há anos atrás a minha irmã desempenhava connosco, passei a ser o 2º Pai, mas mais moderno. Os anos foram passando, começando a nascer em mim o desejo de amanhã ser empresário, mas claro, antes da tropa era impossível. Aos dezoito anos, ou melhor com dezassete anos, atingi o máximo da minha carreira, ainda tive que esperar uns meses para obter a carteira profissional. O dia de ir para a tropa chegou e quase logo também, o dia de ir para Angola. Aí estudei, tendo concluído o 5ºano, no entanto a ideia de me estabelecer continuava nos meus pensamentos, até que regressei em Outubro de 71.
Um dia, ao ter conhecimento, que a Padaria de Rio de Moinhos se passaria, falei com o meu irmão Manuel, e encetamos conversações afim de se concretizar o negócio, o que veio a acontecer em meados de Maio de 1973, tendo iniciado a actividade em 1 de Junho de 1973. Devo-vos dizer que durante alguns anos fomos os industriais mais jovens da AINP, eu que era o mais velho, tinha apenas 25 anos e solteiro, casei em Outubro do mesmo ano, pelo que, também podemos dizer que a minha Mulher colaborou connosco desde o inicio, mostrando-se sempre muito compreensiva. Embora com algum sacrifício, adaptou-se facilmente ao novo ambiente e horário da Indústria de Panificação.
Vinte e cinco anos se passaram, ao longo deste quarto de século muita história ficou para contar, a Flor do Tâmega já existia, mas com este nome não era muito divulgada, era mais conhecida por Padaria Lamego. Era uma Padaria muito pequena para as nossas ambições, o seu fabrico era praticamente manual, dispunha apenas de uma amassadeira, e de um pequeno conjunto de maquinaria obsoleta, a sua cozedura era muito limitada. Para se aumentar a produção tornava-se imperioso fazer obras urgentes e adaptar a mesma com maquinaria mais sofisticada, a começar pelos fornos e maquinaria especializada do sector.
Se depressa pensamos, ainda mais rápido iniciamos as obras. Para a altura, podemos dizer que ficamos com umas instalações aceitáveis.
Passaram-se tempos difíceis, não nos podemos esquecer que no ano seguinte (1974) deu-se o 25 de Abril, todas empresas passaram por grandes oscilações e a nossa não fugiu á regra, a industria de panificação atravessava uma das maiores crises de sempre, além de outras carências faltava o combustível, era preciso ir para as filas de espera para se conseguir obtê-lo e muitas eram as vezes que não conseguíamos. Amigos, certas vezes tivemos mesmo que recorrer ao petróleo para abastecer as viaturas.
Exmas. Sras. Directoras da Escola Primária e jardim de Infância de Rio de Moinhos, Convidados, caros homenageados, colaboradores desta empresa, minhas senhoras e meus senhores, a todos agradeço desde já a vossa presença.
Se me permitem, embora o tema de hoje seja o aniversário da Padaria Flor do Tâmega, gostaria de recuar 50 anos e falar um pouco dos Sócios Fundadores desta empresa. A família Lopes Moreira descende de uma família muito humilde com todas as carências dessa época, mas honesta e trabalhadora. Já os nossos pais, principalmente o Pai, tinha vocação para o negocio, tinha a profissão de serrador, mas mais tarde dedicou-se ao comercio de ovos e por ultimo á compra de madeiras. Foi no comercio de ovos que os nossos pais nos incentivaram a arte de comercializar. Somos 7 irmãos, seis rapazes e uma rapariga, esta a mais velha, que nos habituamos, desde muito cedo, a vê-la como nossa mãe mais moderna.
Aos onze anos, tendo acabado de fazer a 4ª classe, tive a oportunidade de ir trabalhar para uma padaria no Porto.
Meus amigos, foi com muito sacrifício, pois as saudades eram muitas, mas não hesitei, embora criança apercebi-me desde muito cedo, que aqui, pouco mais aprenderia. Com o decorrer do tempo e à medida que os meus irmãos faziam a 4ªclasse, fui levando-os para lá, pois com a experiência que já possuía bem sabia que aqui não teriam grande futuro. Aí crescemos e nos tornamos adultos, eu, passei a desempenhar o papel que há anos atrás a minha irmã desempenhava connosco, passei a ser o 2º Pai, mas mais moderno. Os anos foram passando, começando a nascer em mim o desejo de amanhã ser empresário, mas claro, antes da tropa era impossível. Aos dezoito anos, ou melhor com dezassete anos, atingi o máximo da minha carreira, ainda tive que esperar uns meses para obter a carteira profissional. O dia de ir para a tropa chegou e quase logo também, o dia de ir para Angola. Aí estudei, tendo concluído o 5ºano, no entanto a ideia de me estabelecer continuava nos meus pensamentos, até que regressei em Outubro de 71.
Um dia, ao ter conhecimento, que a Padaria de Rio de Moinhos se passaria, falei com o meu irmão Manuel, e encetamos conversações afim de se concretizar o negócio, o que veio a acontecer em meados de Maio de 1973, tendo iniciado a actividade em 1 de Junho de 1973. Devo-vos dizer que durante alguns anos fomos os industriais mais jovens da AINP, eu que era o mais velho, tinha apenas 25 anos e solteiro, casei em Outubro do mesmo ano, pelo que, também podemos dizer que a minha Mulher colaborou connosco desde o inicio, mostrando-se sempre muito compreensiva. Embora com algum sacrifício, adaptou-se facilmente ao novo ambiente e horário da Indústria de Panificação.
Vinte e cinco anos se passaram, ao longo deste quarto de século muita história ficou para contar, a Flor do Tâmega já existia, mas com este nome não era muito divulgada, era mais conhecida por Padaria Lamego. Era uma Padaria muito pequena para as nossas ambições, o seu fabrico era praticamente manual, dispunha apenas de uma amassadeira, e de um pequeno conjunto de maquinaria obsoleta, a sua cozedura era muito limitada. Para se aumentar a produção tornava-se imperioso fazer obras urgentes e adaptar a mesma com maquinaria mais sofisticada, a começar pelos fornos e maquinaria especializada do sector.
Se depressa pensamos, ainda mais rápido iniciamos as obras. Para a altura, podemos dizer que ficamos com umas instalações aceitáveis.
Passaram-se tempos difíceis, não nos podemos esquecer que no ano seguinte (1974) deu-se o 25 de Abril, todas empresas passaram por grandes oscilações e a nossa não fugiu á regra, a industria de panificação atravessava uma das maiores crises de sempre, além de outras carências faltava o combustível, era preciso ir para as filas de espera para se conseguir obtê-lo e muitas eram as vezes que não conseguíamos. Amigos, certas vezes tivemos mesmo que recorrer ao petróleo para abastecer as viaturas.
A Flor do Tâmega apesar das dificuldades que iam surgindo continuou a sua luta com o objectivo de aumentar a produção e expansão, adquirindo novas viaturas criando novas zonas de distribuição. Admitiu-se mais um sócio, o nosso irmão António, chamamos também para trabalhar connosco o nosso irmão Bernardino e o cunhado Manuel. Sem dúvida que foi graças a estas alterações e com o nosso esforço, que as vendas continuaram a aumentar ao ponto de em pouco tempo termos esgotado todo o espaço industrial de que dispúnhamos. O espaço de laboração tornou-se de novo muito limitado, incluindo a secção de distribuição.
Daí pensamos em novos horizontes e começamos por adquirir um terreno e construir instalações próprias, não há duvida que, para a altura foi da nossa parte um projecto bastante ambicioso e arrojado, mas assim teria que ser, de contrário “não teríamos pernas para andar”.
A Flor do Tâmega não pára e agora com novas instalações reuniram-se as condições de trabalho mais adequadas ao desenvolvimento da actividade. Procuraram-se novos mercados, criaram-se novas zonas de distribuição, abriram-se novos balcões, modernizaram-se outros, renovou-se a frota de viaturas, bem como o parque de máquinas, preparando-se assim para novos desafios que a Comunidade Europeia nos vai por certo proporcionar.
A Flor do Tâmega ao longo do tempo teve necessidade de criar serviços de apoio à actividade que exerce, dispondo nomeadamente de oficinas gerais onde são reparados todos os veículos automóveis e além das instalações, a empresa dispõe de dois mecânicos, um pintor e um chapeiro. No que concerne à manutenção e conservação de imóveis a empresa tem, uma equipa de construção civil e um electricista que também executa entre outros os serviços de canalização.
No âmbito dos serviços administrativos, também dispõe de instalações adequadas, um piso onde é elaborada toda a contabilidade por pessoal especializado e outro, no andar da indústria e expedição onde funcionam o serviço de apoio a clientes, facturação e serviços financeiros.
A área comercial dispõe de um estabelecimento totalmente remodelado no edifico da sede, alem de mais cinco estabelecimentos comerciais espalhados por diversas localidades. No âmbito da distribuição motorizada possuímos 12 viaturas que percorrem uma vasta área entre os Concelhos de Penafiel, Paredes e Castelo de Paiva.
Esta empresa tem ao seu serviço 84 funcionários espalhados pelos sectores de administração, produção, comercio e serviços. E é graças ao esforço por todos eles desenvolvido que a Padaria Flor do Tâmega é hoje uma empresa sólida, forte e voltada para o futuro.
Em Portugal é frequente ouvir-se dizer “fazer fazia-se, mas…” e é mais fácil a desculpa que o fazer, a contrição que o não pecar. Nós, como sempre, preferimos dizer: FIZEMOS!
A todos, o nosso bem hajam, a Padaria Flor do Tâmega promete continuar a trabalhar, e enfrentar os desafios que no dia a dia vão surgindo, contando desde já com a ajuda de todos.
De todos dependemos e a todos humildemente iremos continuar a procurar.
MUITO OBRIGADA!”