“Decorria o ano de 1973 e os irmãos José e Manuel Lopes Moreira dão alma a um projecto empresarial que viria a transformar-se numa das principais indústrias de panificação a operar na região. Já lá vão 30 anos, e a Padaria Flor do Tâmega com sede na Vila de Rio de Moinhos no concelho de Penafiel é no momento uma marca e um símbolo com «tentáculos» espalhados pelos concelhos de Penafiel de Castelo de Paiva e Marco de Canaveses e reconhecidamente uma empresa de sucesso onde a qualidade e a variedade dos seus produtos dão corpo e fazem dos seus pontos de venda uma autêntica «máquina» de distribuição de pão, de pastelaria e cafetaria.
Os valores humanistas estiveram sem dúvida sempre presentes desde a fundação da Flor do Tâmega, decorria o longínquo ano de 1973. Prova real do que se afirma, foi a presença sentida, muitas vezes comovida, em todas as intervenções dos inúmeros oradores aquando da sessão solene que marcou a passagem do 25º aniversário.
Como em tudo na vida que é feito de trabalho, suor e lágrimas, e outros sacrifícios onde se inclui a família, também os dois irmãos José e António, de um rol de sete, muito cedo partiram para aprender uma profissão que garantisse a sua sobrevivência e dos seus. Pouco mais de dez anos de idade e a 4ª classe feita. Já nessa altura, para eles o trabalho não era tudo, ainda que fosse a razão principal para os retirar das brincadeiras de infância e o objectivo último o aprender a ser «homem», tão frequente em tempos passados. Estudaram nas horas vagas e completaram com sucesso o curso liceal. Depois veio a tropa, e os estudos continuaram, Depois foi o regresso à cidade invicta para encetar novamente o trabalho que deixaram com o serviço militar obrigatório, e ambos no topo da sua carreira profissional – padeiros.
A «estrelinha», como não poderia deixar de ser, brilhou e surgiu a oportunidade de comprar o trespasse da então padaria rio de moinhence, propriedade do falecido senhor Lamego. Foi aqui que começou o sucesso empresarial dos irmãos Lopes, oriundos da conhecida, ou mais conhecida, por aqueles lados «Família Freitas». Mas, também, desde o primeiro dia, ou mesmo antes quando ainda tentavam reunir o dinheiro indispensável para concretizar o negócio, nada para eles foi fácil. Dinheiro havia pouco, a padaria que tomaram de trespasse pouco ou nada tinha em termos de maquinaria, além do nome que noutros tempos ainda valia alguma coisa.
Foi aqui, precisamente, que começou a saga Irmãos Moreira. Iniciaram o trabalho, iniciaram o seu investimento em novos equipamentos e a nossa história recente entrava no período mais conturbado do Portugal mais próximo – o período pós – 25 de Abril. Não foi fácil mas foi bonito ouvir José Lopes Moreira referir que «além de outras carências faltava o combustível e certas vezes mesmo que recorrer ao petróleo para abastecer as viaturas.». Sacrifícios que não fizeram esmorecer a sua paixão pelo bem servir, e o investimento continuou, quiçá, com mais vontade de vencer. Foi por essa altura que chamaram o seu irmão António, imigrante na Alemanha, conversaram e daí a ser mais um sócio foi um passo. E foram mais dois braços e mais uma cabeça a pensar.
O negócio ia de vento em popa, a venda aumentava a um ritmo acelerado e em pouco tempo viraram-se na contingência de adquirir um terreno e construir instalações que tivesse algo a ver com o projecto ambicioso e arrojado que tinham traçado.
Os valores humanistas estiveram sem dúvida sempre presentes desde a fundação da Flor do Tâmega, decorria o longínquo ano de 1973. Prova real do que se afirma, foi a presença sentida, muitas vezes comovida, em todas as intervenções dos inúmeros oradores aquando da sessão solene que marcou a passagem do 25º aniversário.
Como em tudo na vida que é feito de trabalho, suor e lágrimas, e outros sacrifícios onde se inclui a família, também os dois irmãos José e António, de um rol de sete, muito cedo partiram para aprender uma profissão que garantisse a sua sobrevivência e dos seus. Pouco mais de dez anos de idade e a 4ª classe feita. Já nessa altura, para eles o trabalho não era tudo, ainda que fosse a razão principal para os retirar das brincadeiras de infância e o objectivo último o aprender a ser «homem», tão frequente em tempos passados. Estudaram nas horas vagas e completaram com sucesso o curso liceal. Depois veio a tropa, e os estudos continuaram, Depois foi o regresso à cidade invicta para encetar novamente o trabalho que deixaram com o serviço militar obrigatório, e ambos no topo da sua carreira profissional – padeiros.
A «estrelinha», como não poderia deixar de ser, brilhou e surgiu a oportunidade de comprar o trespasse da então padaria rio de moinhence, propriedade do falecido senhor Lamego. Foi aqui que começou o sucesso empresarial dos irmãos Lopes, oriundos da conhecida, ou mais conhecida, por aqueles lados «Família Freitas». Mas, também, desde o primeiro dia, ou mesmo antes quando ainda tentavam reunir o dinheiro indispensável para concretizar o negócio, nada para eles foi fácil. Dinheiro havia pouco, a padaria que tomaram de trespasse pouco ou nada tinha em termos de maquinaria, além do nome que noutros tempos ainda valia alguma coisa.
Foi aqui, precisamente, que começou a saga Irmãos Moreira. Iniciaram o trabalho, iniciaram o seu investimento em novos equipamentos e a nossa história recente entrava no período mais conturbado do Portugal mais próximo – o período pós – 25 de Abril. Não foi fácil mas foi bonito ouvir José Lopes Moreira referir que «além de outras carências faltava o combustível e certas vezes mesmo que recorrer ao petróleo para abastecer as viaturas.». Sacrifícios que não fizeram esmorecer a sua paixão pelo bem servir, e o investimento continuou, quiçá, com mais vontade de vencer. Foi por essa altura que chamaram o seu irmão António, imigrante na Alemanha, conversaram e daí a ser mais um sócio foi um passo. E foram mais dois braços e mais uma cabeça a pensar.
O negócio ia de vento em popa, a venda aumentava a um ritmo acelerado e em pouco tempo viraram-se na contingência de adquirir um terreno e construir instalações que tivesse algo a ver com o projecto ambicioso e arrojado que tinham traçado.
Paralelamente e com a conquista de novos mercados e de novos pontos de venda, foi feita a renovação do seu parque de viaturas e do parque de máquinas de produção.
Mas a Flor do Tâmega não se ficou por aqui. Desde cedo sentiram a necessidade de efectuar investimento noutras áreas, não fosse o «diabo tecê-las». As instalações, amplas e que satisfazem para já as necessidades da sua laboração, obrigou à admissão de empregados especializados na construção civil. O parque de viaturas também sentiu a necessidade de ter consigo pessoal especializado na sua manutenção, e assim se preencheu um quadro de pessoal, que de empregados pouco têm mas têm muito de camaradagem e colaboração constante e afincada com a empresa que lhes paga o seu salário. Prova esteve na presença maciça neste dia festivo (comemorações dos 25 anos de existência).
O «colete de forças» que representava a Flor do Tâmega e a empresa José Lopes Moreira & Ca, Lda, levou ao investimento noutras terras. Primeiro foi a abertura da Padaria Barragem do Tâmega em Alpendorada, depois a Padafidelis em Penafiel primeiro, e Paredes depois. As confecções foram também uma aposta, e a Confiantex é uma empresa sobrevivente conhecida, além da Moreira & Menezes, por sua vez dedicada aos bordados. Como se não bastasse, aparece ainda a Imotâmega, dedicada à compra e venda de propriedades e, ainda, o comércio automóvel representado pelo Stand de Rio de Moinhos.
Todas estas empresas empregam 200 trabalhadores e movimentam anualmente um valor muito próximo de um milhão e duzentos mil contos.
O carinho e a forma como os sócios da Flor do Tâmega tratam os seus clientes e fornecedores foi ainda compensado com esta festa. Além do sempre agradável convívio entre todos, registe-se especialmente a presença de todos os irmãos e irmã mais velha ou a «segunda mãe» destes homens, irmãos esses quase todos trabalhadores da padaria (excepto um que é bancário), além do Presidente da Associação empresarial do sector, do Presidente do Rotary Clube de Penafiel,
do Gerente Bancário do Sotto Mayor, das colectividades da Vila de Rio de Moinhos e, como não podia deixar de ser da comunicação social que assim também se associou a esta mais que merecida festa. Ressalve-se, também e ainda mais uma vez, a presença dos trabalhadores considerados mais como «colaboradores» que não deixaram de se manifestar, muitas vezes ruidosamente, dando provas de uma afeição muito particular.”
O Tempo Regional, Quarta-Feira, 1 de Julho de 1998
Mas a Flor do Tâmega não se ficou por aqui. Desde cedo sentiram a necessidade de efectuar investimento noutras áreas, não fosse o «diabo tecê-las». As instalações, amplas e que satisfazem para já as necessidades da sua laboração, obrigou à admissão de empregados especializados na construção civil. O parque de viaturas também sentiu a necessidade de ter consigo pessoal especializado na sua manutenção, e assim se preencheu um quadro de pessoal, que de empregados pouco têm mas têm muito de camaradagem e colaboração constante e afincada com a empresa que lhes paga o seu salário. Prova esteve na presença maciça neste dia festivo (comemorações dos 25 anos de existência).
O «colete de forças» que representava a Flor do Tâmega e a empresa José Lopes Moreira & Ca, Lda, levou ao investimento noutras terras. Primeiro foi a abertura da Padaria Barragem do Tâmega em Alpendorada, depois a Padafidelis em Penafiel primeiro, e Paredes depois. As confecções foram também uma aposta, e a Confiantex é uma empresa sobrevivente conhecida, além da Moreira & Menezes, por sua vez dedicada aos bordados. Como se não bastasse, aparece ainda a Imotâmega, dedicada à compra e venda de propriedades e, ainda, o comércio automóvel representado pelo Stand de Rio de Moinhos.
Todas estas empresas empregam 200 trabalhadores e movimentam anualmente um valor muito próximo de um milhão e duzentos mil contos.
O carinho e a forma como os sócios da Flor do Tâmega tratam os seus clientes e fornecedores foi ainda compensado com esta festa. Além do sempre agradável convívio entre todos, registe-se especialmente a presença de todos os irmãos e irmã mais velha ou a «segunda mãe» destes homens, irmãos esses quase todos trabalhadores da padaria (excepto um que é bancário), além do Presidente da Associação empresarial do sector, do Presidente do Rotary Clube de Penafiel,
do Gerente Bancário do Sotto Mayor, das colectividades da Vila de Rio de Moinhos e, como não podia deixar de ser da comunicação social que assim também se associou a esta mais que merecida festa. Ressalve-se, também e ainda mais uma vez, a presença dos trabalhadores considerados mais como «colaboradores» que não deixaram de se manifestar, muitas vezes ruidosamente, dando provas de uma afeição muito particular.”
O Tempo Regional, Quarta-Feira, 1 de Julho de 1998